domingo, 31 de maio de 2009

Apresentação geral da Atividade 3 - MPEL3


Durante a pesquisa, direcionei a busca dos REAs para os diferentes níveis da aprendizagem. Encontrei no projeto Comunidade Virtual de Aprendizagem Brincando na Rede desenvolvido pela Escola do Futuro - USP, que atua no nível básico, o projeto do professor Romero Tavares - Laboratório Virtual de Física - um trabalho para o nível médio e para fechar a seleção, o vídeo Balance, que permite desenvolver uma atividade num patamar mais alto.

Balance – Won award for Best Animation in 1990







Endereço: http://www.youtube.com/watch?v=afh9_KPwV04

Descrição: Balance é um vídeo de animação, encenado por cinco componentes que se encontram num platô flutuante. Conforme eles se movimentam, o platô muda de equilíbrio e faz com que todos se re-posicionem para que ele não vire. Num determinado momento, um deles pesca uma caixa de música, assim os personagens passam a disputar a posição no platô para ser o dono da caixa e o equilíbrio se desfaz. Até que o desequilíbrio vai se ampliando e aos poucos vão caindo cada um para fora do platô ficando apenas a caixa e um personagem, posicionados nas extremidades para manter o equilíbrio.

Critério de escolha:

1 - A concepção e criação do enredo.

2 - O roteiro, a forma em que a história é apresentada e evolui numa linha crescente de ações e novidades apresentadas pelos personagens.

3 - O estilo da modelagem, produção gráfica e a animação.

4 - Esse vídeo permite o desenvolvimento de diversas dinâmicas com profissionais de áreas diversas, além de poder ser usado como um caso de estudo de criação em computação gráfica em sala de aula.

5 - O Acesso é na Internet – YouTube.

Adaptação: Sem necessidade.

Laboratório Virtual de Física






Endereço: http://www.fisica.ufpb.br/~romero/

Endereços secundários:
http://www.fisica.ufpb.br/~romero/objetosaprendizagem/Rived2008/05Colisoes/animacao/colisao_bidimensional.html

Descrição: O segundo REA tem o aspecto mais técnico, é um simulador que permite que o aluno exercite seu aprendizado teórico. O simulador apresentado atua na área da física onde apresenta colisões bidimensionais. Considerando duas bolas de bilhar em uma mesa, o estudante tem a oportunidade de analisar diversas possibilidades de choques entre essas bolas.

Na página do professor Romero Tavares (http://www.fisica.ufpb.br/~romero/) encontramos vários simuladores no mesmo estilo. Ele utiliza um software para o desenvolvimento dos seus simuladores chamado de Modellus.

Na realidade, a apresentação do REA não está diretamente baseada nos simuladores apresentados, mas sim no software (Modellus) que permite a criação deles.

Critério de escolha:

1 - Facilitar ao aluno a construção dos conceitos da física e sistematizar os conceitos de quantidade e movimento.

2 - Permite a interação de entrada de dados pelo aluno e a visualização dos resultados.

3 - Identificar a interação entre as ações físicas do sistema obedecendo a terceira Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação).

4 - Orientação para os professores de como usar o objeto de aprendizagem.

5 - Acesso online.

Adaptação: Aplicar o objeto educacional para potencializar o processo da aprendizagem significativa (ou aprendizagem de significados), considerado um momento forte nas ações cognitivas. Cabe a sua utilização na etapa prévia da construção de conceitos mais gerais, assim como na construção de conceitos mais específicos, de acordo com as atividades passadas pelo professor.



Observação geral:



Considerando o estudo realizado durante a atividade, foi identificado o potencial da ferramenta que ajudou na construção do simulador. Apresento abaixo algumas considerações sobre o Modellus.



Como primeiro critério, defino a competência do software Modellus, que permite a construção de experiências e simuladores com base em modelos matemáticos que possibilitam atuar no ensino de aprendizagem de Matemática, Física e Química.



O ambiente permite a geração de animações que ajudam a análise e o entendimento visual do problema apresentado.



O Modellus pode apresentar os dados em tabelas ou gráficos para facilitar a leitura dos resultados.



O Modellus permite a criação de controles e entrada de dados. Desta forma, o usuário controla o simulador para gerar informações de entrada e saída, desenvolvendo o estudo da sua disciplina propriamente dita, como por exemplo, a colisão como apresentamos no início.



Por último, temos o produto final gerado pelo Modellus: o arquivo executável e/ou formato para colocar acesso online, fazendo com que o produto final fique independente.



Apesar do meu conhecimento na questão técnica de desenvolvimento ser ainda superficial, imaginei que poderíamos verificar a adequação do Modellus para gerar simuladores dentro do Second Life, somando a estrutura 3D com a capacidade da geração de máquina simuladas.


Projeto Comunidade Virtual de Aprendizagem Brincando na Rede






Endereço: http://www.brincandonarede.com.br/

Descrição: O Projeto Comunidade Virtual de Aprendizagem Brincando na Rede, foi desenvolvido para crianças pré-adolescentes, alunos da rede de escola pública de ensino fundamental, que junto com seus professores, desenvolvem atividades educacionais online de forma lúdica aprendendo vários conceitos.

Critério de escolha:

1 - A apresentação do REA é bem interativa, intuitiva e adequada para a faixa de idade a que se propõe o projeto.

2 - O ambiente propõe atividades individuais onde o aluno aprende a lidar com funções de navegação em ambientes online, a lidar com imagens gráficas incluindo cores, leitura e interpretação de texto.

3 - O ambiente também propõe atividades de grupo, mostrando a visão da colaboração online e formação de comunidade através de blog.

4 - Outros conceitos são passados, tais como: lidar com valores, preocupação com o meio ambiente, apresentação de conteúdo online, compras e orientações sobre o ambiente para os educadores e pais.

5 - Pode ser feita a indicação para outros participantes através do próprio ambiente virtual.

Adaptação: A alternativa seria ampliar a aplicação das atividades associando os conteúdos das disciplinas curriculares do ano letivo, promovendo atividades individuais e em grupo, interdisciplinares, entre turmas do mesmo nível e entre instituições.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

OER (Open Educational Resources) ou Recursos Educacionais Abertos


OER (Open Educational Resources) ou Recursos Educacionais Abertos, são conteúdos educacionais digitais desenvolvidos de forma participativa por educadores, pesquisadores, estudantes e interessados na produção em acadêmica. Esses conteúdos/recursos podem ser apresentados em forma de cursos, mini aulas, palestras, livros didáticos, planos de aula, apostilas, cursos, ferramentas (software) entre outras soluções desenvolvidas com o apoio da tecnologia.

Os OERs são recursos educacionais que podem ser utilizados e reutilizados livremente, normalmente são acompanhados por uma licença Creative Commons ou GNU, principalmente nesse caso quando o recurso pode ser utilizado, reutilizado, adaptado e compartilhado.

O OER nasceu influenciado e inspirado com base no sucesso do Open Source Software deu origem nas teorias, somado com a evolução das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) e da Globalização do ensino, os adeptos da teoria do OER, surgiu Projetos como: Wikipedia (uma enciclopédia on-line colaborativa) lançado em janeiro de 2001, o MIT OCW (Massachusetts Institute of Technology – OpenCourseWare) que começou seu projeto em 2002, entre diversos outros projetos onde podemos incluir a importante ação UNEESCO que vem promovendo fóruns para o desenvolvimento do OER.

Com base na publicação GIVING KNOWLEDGE FOR FREE: THE EMERGENCE OF OPEN EDUCATIONAL RESOURCES – ISBN-978-92-64-03174-6 © OECD 2007 apresenta um estudo desenvolvido com as instituições, onde foram identificados seis argumentos que justificam os projetos desenvolvidos, que seguem abaixo com comentários:

One is the altruistic argument that sharing knowledge is a good thing to do which is also in line with academic traditions, as pointed out by the open access movement. Openness is the breath of life for education and research. Resources created by educators and researchers should subsequently be open for anyone to use and reuse. Ultimately this argument is supported by the United Nations Human Rights Declaration, which states: “Everyone has the right to education. Education shall be free…”.

A second argument is also close to the claims of the open access movement, namely that educational institutions should leverage taxpayers’ money by allowing free sharing and reuse of resources developed by publicly funded institutions. To lock learning resources behind passwords means that people in other publicly funded institutions sometimes duplicate work and “reinvent the wheel” instead of standing on the shoulders of their predecessors. It might be seen as a drawback for this argument that it does not distinguish between taxpayers in different countries – learning resources created in one country may be used in another country, sparing taxpayers in the second country some expense. But, as pointed out by Ng (2006), freeriding of this kind may not pose much of a problem since the use of a learning resource in a foreign country does not hinder the use of the same resource by domestic teachers. Instead, he says, “allowing freeriding may be necessary for the growth of a good community as it helps draw new members by word of mouth. Also, free-riders themselves may learn to value the community more over time, so much that some of them may share eventually.”

A third argument is taken from the open source software movement: “What you give, you receive back improved.” By sharing and reusing, the costs for content development can be cut, thereby making better use of available resources. Also, the overall quality should improve over time, compared to a situation in which everyone always has to start anew.

A fourth argument for institutions to be engaged in OER projects is that it is good for public relations and it can function as a showcase to free. Other institutions can do the same. Carson (2006a) shows that 31% of the freshmen at MIT became aware of the MIT OCW prior to
making their decision to apply to MIT and, out of these, 35% indicated that the site was a significant influence on their choice of school. Furthermore the Johns Hopkins OCW reports that 32% of their visitors during their first year of operation indicated their status as prospective students. A variation of the fourth argument is the wish to reach out to new groups, to people without access to, or prior knowledge of, higher education.

A fifth argument is that many institutions face growing competition as a consequence of the increasing globalisation of higher education and a rising supply of free educational resources on the Internet. In this situation there is a need to look for new cost recovery models, new ways of obtaining revenue, such as offering content for free, both as an advertisement for the institution, and as a way of lowering the threshold for new students, who may be more likely to enrol – and therefore pay
for tutoring and accreditation – when they have had a taste of the learning on offer through open content. The open universities in the Netherlands and the United Kingdom both use this argument.

A sixth argument is that open sharing will speed up the development of new learning resources, stimulate internal improvement, innovation and reuse and help the institution to keep good records of materials and their internal and external use. These records can be used as a form of market research if one is interested in the commercial potential of individual resources

De acordo com os seis itens acima apresentados, apresentadas pelo documento da OECD, as instituições passam a trabalhar e contribuir para o desenvolvimento social gerando equilíbrio e oportunidades; permitem o melhor aproveitamento dos recursos realizados por financiamentos e poder público de forma que possam ser utilizados pelas comunidades, inclusive de outros países; melhoram a qualidade dos conteúdos pela conseqüência realizada pelo compartilhamento e gera diminuição dos custos, a utilização dos OERs também levou a um aumento dos alunos nos seu campus (exemplo: o MIT com 31%) pela geração de confianças em suas ações perante as comunidades; o crescimento dos alunos ocorre para obter tutoria e certificação e por último os OER acelera a produção acadêmica gerando competências internas e inovações.

Com isso, levantamos algumas questões:

– o que poderá ocorrer com as instituições que não aderirem a utilização do OER ou participarem e cooperarem com esse trabalho em outras instituições, vão morrer?

– estamos na era da informação, dessa forma as instituições que desenvolver projeto OER, serão os grandes centros dessa nova era?

– será um grande diferencial a instituições com projeto OER para as que não tem?

– a instituição que tiver projeto OER, ter garantido a melhoria das suas competências internas, o crescimento de alunos e confiabilidades nas práticas acadêmicas?

Lógico que essas questões, entre outras, serão respondidas ao longo do tempo, independente de qualquer questão, estamos mudando a forma de lidar com a educação e a formação da sociedade, é um caminho sem volta e todas as questões que possam ser identificadas como entraves para a evolução desses projetos serão resolvidos em algum momento. O caminho da Globalização do ensino já está ocorrendo.

Posts selecionados como referências :

http://oerwiki.iiep-unesco.org/index.php?title=OER:_the_Way_Forward/Collaborative_work_on_translations/Portuguese_Version#Quarta_prioridade:_Garantia_de_qualidade

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001418/141843e.pdf

http://browse.oecdbookshop.org/oecd/pdfs/browseit/9607041E.PDF

http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Maynard_Hutchins

http://contenidos.universia.es/html_trad/traducirSeccionEspecial/params/especial/bh/apartado/ecgb/seccion/3/titulo/TRABAJANDO-ABIERTO-INTRODUCCION.html

http://ocw.mit.edu/OcwWeb/web/home/home/index.htm

http://cloudworks.open.ac.uk/node/880